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Revista Fundição Nº11

O comboio assumiu, a partir do Barreiro, um papel preponderante no desenvolvimento económico e social de toda a Região sul e do país. Este transporte de passageiros, representa, ainda hoje, um meio de deslocação urbano de importância relevante, do ponto de vista da mobilidade e das questões climáticas, no Distrito Setúbal, no todo nacional e nas ligações a outros países.

Assim, defendemos que a actividade ferroviária, enquanto pólo gerador de emprego e dinamismo social, deve continuar e ser reforçada no Barreiro. Só desse modo pode contribuir para a riqueza e desenvolvimento integrado do barreiro, da região e do país.

Consideramos, ainda, o Património Ferroviário do Barreiro como elemento estratégico de desenvolvimento económico, social e cultural, pelo que defendemos a salvaguarda da memória e da história representada por este conjunto patrimonial, entre edificado e não edificado, contribuindo para o desenvolvimento sustentado, através do turismo dedicado, mas também da criação de riqueza e postos de trabalho, bem como da sustentabilidade cultural e coesão social local, regional e nacional.

Como primeiro passo, é essencial a preservação do património construído, mantendo-o longe de ambições imediatistas e/ou da gula de interesses económicos especulativos, e para tal é fundamental o fim do seu processo de classificação patrimonial com valor nacional.

Reputamos de urgente a classificação da Estação Sul e Sueste, também conhecida por Barreiro-Mar (a primeira estação multimodal do País), processo pendente na Direcção Geral do Património Cultural, dado o seu avançado estado de degradação.

Das Oficinas Ferroviárias, que foram a primeira e mais antiga estação no seu estilo em Portugal (1861). Da Rotunda e Cocheira das Máquinas. Do Bairro Ferroviário e de algum Material Circulante primordial (pedido adicionado em 2016).

O processo de classificação encontra-se em Vias de Classificação, por publicação do anúncio de abertura em DR n.º 30, 2.ª série, de 12.02.2018. Tinha o acordo expresso do executivo anterior. Quanto à posição do actual executivo nada se sabe, mas apelamos a que tome posição a favor de uma rápida classificação, mais que urgente.

Com a abertura da Exposição permanente sobre a História Ferroviária do Barreiro, (um espólio da ABPMF) no antigo “Cinema dos Ferroviários” e a publicação desta Revista Fundição dedicada ao tema desejamos continuar a lutar pela salvaguarda da nossa história e a ganhar apoios para esta causa da defesa da história e património ferroviário base do Barreiro Moderno.

Associação Barreiro Património Memória e Futuro