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Sobre a reportagem do dia 14 de Junho no Programa Portugal em Directo sobre a Estação Barreiro-Mar

A Associação Barreiro Património Futuro, na sequência da reportagem do dia 14 de Junho realizada no Programa Portugal em Directo, sobre a Estação Barreiro-Mar, vem repôr a verdade dos factos.

Em 2013 um grupo de cidadãos barreirenses constituídos em Movimento Cívico de Salvaguarda do Património Ferroviário do Barreiro, integrado na  Associação Barreiro Património Memória e Futuro, deste 2016, solicitou em a abertura do Procedimento para Classificação do Património Ferroviário do Barreiro, entregando as respectivas  fichas do património a classificar devidamente preenchidas. Esta classificação deveria integrar:

 1.       A primeira Estação Ferroviária do Barreiro construída em 1859 (actuais Oficinas EMEF);

2.       A Estação Ferro-Fluvial/Gare Marítima do Barreiro – Mar, inaugurada em 1884;

3.       A Rotunda das Máquinas Locomotivas, construída em 1885;

4.      O Palácio Coimbra, edificado cerca de 1860;

5.      O Bairro Ferroviário, iniciado em 1935.

A Direcção Geral do Património Cultural estudou o assunto e pedindo parecer à Câmara Municipal do Barreiro, cujo presidente na altura era o Sr. Carlos Humberto. Bem como à CP e à IP e decidiu Abertura do procedimento de classificação do Complexo Ferroviário do Barreiro, Classificação de âmbito Nacional, com a publicação em Diário da República, 2.ª série — N.º 30 — 12 de Fevereiro de 2018.

Já com o actual executivo a DGPC veio a solicitar para o processo aberto, e segundo as normas legais, novo parecer à Câmara Municipal, o qual nunca foi entregue.  

Em Novembro de 2018, fomos surpreendidos por notícias na imprensa, pelo processo levantado à DGPC, em tribunal, pela CP. Processo que se tem arrastado  e não mereceu qualquer discordância pública quer da Câmara Municipal do Barreiro, quer de qualquer outro organismo, a não ser de Associação que tem vindo a interrogar sistematicamente a DGPC e a denunciar o atraso na classificação e o estado de degradação dos edifícios.

Não é, pois, verdade que quem propôs a Classificação tenha desistido desta, em Fevereiro de 2018 e 2019, promoveu, entre outras acções e publicações, dois debates públicos sobre as possíveis utilizações da estação, a partir de dois trabalhos de mestrado de Tiago Mealha. Foram, também feitas varias visitas ao património ferroviário e publicados vários artigos, na revista Fundição, propriedade da Associação.

https://arquivo.associacaobarreiropatrimonio.pt/files/original/5fecd0f1df046d014acf9109ebfd3250.pdf

Estiveram presentes por convite o Presidente da Câmara  Frederico Rosa e o Vereador Rui Braga, os quais deixaram claro, na altura, que a empresa que tivesse dinheiro para a obra, porque o tinha, diria o que fazer com a Estação.

A Associação defende a conclusão do processo de classificação e teve ocasião de dizê-lo na reunião no dia 11/12/2020 na DGPC, bem como, defende que deve de haver uma ideia clara sobre o futuro de todo o património a classificar, que preserve a sua história de trabalho humano e progresso tecnológico, na senda de um turismo dedicado, que se completará, naturalmente com restaurante e hotel e outros investimentos que podem ser privados. O contrário é que é difícil porque primeiro tem de haver o pólo de atracção e só depois o hotel para os turistas, ou a falência pode ser o resultado do investimento.

Lamentamos que se façam afirmações não verdadeiras, quando bastava contactarem-nos, como, aliás, já têm feito, sobre este assunto e outros na área do Património, sempre estivemos e estamos à disposição.

17/06/2021

Associação Barreiro Património Memória Futuro

ver ao minuto 8.37

https://www.rtp.pt/play/p8156/e551319/portugal-em-direto/948453