DestaquePatrimónio Químico

Complexo Industrial CUF/QUIMIGAL

Em 1865, o Visconde da Junqueira funda a Companhia União Fabril, com sede na Rua da Alfândega e fábricas nas Fontainhas e em Alcântara, Lisboa. A empresa tinha alvará régio datado de 3 de Outubro e produzia sabões, estearina e óleos vegetais.
Em 1898, Alfredo da Silva, accionista da Companhia Aliança Fabril, promove a fusão das duas empresas e surge, em Lisboa, a Companhia União Fabril da qual será administrador gerente.
Será no Barreiro que, em 1906, Afredo da Silva encontra as condições necessárias ao desenvolvimento do ambicioso projecto industrial da CUF. No Barreiro existia uma ligação ferroviária directa ao Sul do País, ligações fluviais entre as duas margens do Tejo, proximidade às instituições financeiras, comerciais e políticas instaladas em Lisboa, bem como terrenos e armazéns da empresa corticeira Bensaúde e Cª, que já possuía duas infra-estruturas importantes um cais acostável e uma linha ferroviária de ligação ao terminal ferroviário do Sul.
Em 1907 inicia a instalação das primeiras fábricas de superfosfato. Em 1908 inaugura a primeira fábrica transformadora de óleo de bagaço de azeitona para o fabrico de sabões, gradualmente estende a produção aos sectores da laminagem de chumbo, soda , magnésio, ácidos, adubos, refinação de copra, têxtil, metalomecânica e construção naval.
O império CUF, protegido pela política económica do Estado Novo, baseada no modelo de supressão das importações e controlo da produção industrial, desde a entrada das matérias primas até à venda dos produtos finais, desenvolve as suas actividades em regime de monopólio e atinge proporções gigantescas, sendo o maior complexo industrial de Península Ibérica e um dos cinco maiores da Europa.