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A última fábrica de Cortiça do Barreiro.

Testemunhos de antigos Trabalhadores Corticeiros da ultima fábrica de cortiça no Barreiro, A empresa Corticeira ESENCE Sociedade Nacional Corticeira, S. A. que trabalhou até ao ano de 2008 na Quinta do Braamcamp.

1883- Em Março. Tomás Reynolds já vivia na Quinta Braamcamp e nesta data já era transformada cortiça na fábrica instalada na quinta. A maquinaria importada da Grã-Bretanha (da Baerlein e c.º em Manchester, que custou cerca de 123 mil libras), como caldeiras e bombas para o fabrico de pranchas, só chegou ao Barreiro no final de 1884, quando a fábrica está em plena laboração, inclusive com horário nocturno”.

1884 – O moinho é vendido, já por George Abraham Wheelhouse a Robert Reynolds, compondo-se a propriedade então de: «casas de habitação, armazéns, casa que foi fábrica de bolachas, moinho e motor de água, terras de semeadura e diversas árvores»

1895John Reynolds vendeu o predio a The Cork Company Ltd. Pelo preço de 60.003 mil-réis.

1897- A The Cork Company Ltd. Vendeu a propriedade á Sociedade Nacional de cortiças pelo preço de 60.600$000 mil-réis.

1897 – A antiga Quinta do Braamcamp, que no final do século XIX era conhecida por Quinta dos Ingleses (por ter pertencido a diversas famílias de origem britânica), foi adquirida pela Sociedade Nacional de Cortiças em 1897, que adaptou o edifício do moinho às suas actividades industriais, função que mantém até à actualidade.

1986 – O moinho do Barão do Sobral, na Quinta do Braamcamp, foi totalmente destruído durante o incêndio que devastou a Sociedade Nacional de Cortiças. Desta construção nada sobreviveu, a não ser a documentação que atesta a sua importância, no contexto do processo proto-industrial português.

1972/ 1973- Os ingleses queriam fechar a fábrica. Raynolds ou roderick  que vivia da fábrica, ficou com fábrica, com a condição de arranjar sócios: Dodes corticeira, que era um dos maiores clientes das Américas,  Roberto da Costa da família dos Amorins, e um  alemão o Sr. Wings.  Da qual ficaram sócios até 1978, altura em que venderam a totalidade das cotas ao Sr. Edmundo. 

1976 – O Sr. Edmundo Luís Rodrigues Pereira, assume a direção da fábrica e adquire 15% da Sociedade Nacional Corticeira, S. A.

1978 – O Sr. Edmundo Luís Rodrigues Pereira, comprou aos quatros sócios a totalidade das quotas da Sociedade Nacional Corticeira, S. A. Assumindo a administração da fábrica de cortiça.

1980 – A Dode,s Sociedade Nacional de Cortiça  é extinta e é criada a Esence Sociedade Nacional S.A.  de cortiça. Já propriedade do Sr. Edmundo Luís Rodrigues Pereira.

1998 – 26 Novembro o  responsável do Grupo Esence – Sociedade Nacional Corticeira foi acusado de actuar de má-fé, porque se comprometeu a pagar cerca de 30 mil contos relativos a indemnizações até 30 de Outubro, se os trabalhadores da fabrica de cortiça do Montijo Infal, obrigados a rescindir os contratos devido ao arrastamento da situação de salários em atraso, retirassem o processo de falência da empresa.

O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Corticeira do Sul denunciou publicamente esta «afronta», mostrando-se ainda mais surpreendido por o Estado ter concedido em Julho um aval de um milhão de contos, para contracção de um empréstimo.

2005 – 21 de Abril, A AIEC — Associação dos Industriais e Exportadores de Cortiça, em 21 de Abril de 2005, elege para mandato de três anos  o  Presidente Direcção — ESENCE — Sociedade Nacional Corticeira, S. A., representada por Edmundo Luís Rodrigues Pereira.

2008 – 4 de Julho. A empresa Corticeira ESENCE  Sociedade Nacional Corticeira, S. A foi declarada insolvente por decisão judicial proferida pelo Tribunal de Comércio de Lisboa.

2010- O seu património foi vendido em leilão, sendo que 3 empresas da área de actividade sucateira adquiriram o recheio da fábrica, equipamentos, máquinas, ferramentas, etc…, e o terreno foi adquirido pelo BCP.

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JORNADAS DO PATRIMÓNIO CULTURAL DO BARREIRO

Video da 1º Jornada

 

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